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07/05/12

Ciclos de São Vicente Igreja de São Vicente Évora

Ciclos de São Vicente
Igreja de São Vicente
Évora
Maio é mês de Marginalidades!
Na história, a condição da marginalidade decorre da evidência da ordem. Marginal é o desordenado, descentrado, ameaçador, periférico, diferente. Nas práticas sociais, nas formas artísticas ou nos projectos políticos, ser marginal (ou estar nas margens) traduz uma posição negativa, por oposição ao que se apresenta como central, dotado de força e de exemplaridade.

A negociação entre sistema e margem, radicalizada talvez pela evidência do que Foucault afirma sobre o século vinte, o ser humano ‘pensar o impensável’, caracteriza muito do que significa, presentemente, ser ou estar nas margens. O que aí reside parece dotado de um grande poder de atracção, potenciando outros regimes de significação, abrindo portas a novos paradigmas e afirmando pontos de vista informados por realidades e conceitos plurais, mesmo quando radicalmente distintos.

É de tudo isto um pouco que o ciclo subordinado ao tema ‘marginalidades’ se faz. Margens deslizantes, centros ambivalentes, cruzamentos e transgressões. Na programação destacamos um belíssimo espectáculo de teatro de marionetas centrado em Prometeu, figura mítica da transgressão. Uma exposição, de Andrea Inocêncio, dedicada à figura feminina e à busca de uma sua concepção heróica, isto é, liberta e libertária, que a apresenta à prova de fogo e de bala. E mais uma etapa do ciclo de cinema dedicado às Sexualidades, desta vez com filmes que nos confrontam com as muitas faces da marginalidade naquele domínio. Mas há mais cinemas, pois regressam os filmes no largo e, claro, o convite para virem até São Vicente! Os ciclos são para si, apareça!

Dia 9 e 10
22h
Prometeu
Odisseia do herói grego Prometeu, contada numa recriação ocidental do Wayang Kulit, famoso teatro de sombras indonésio .
Uma co-produção TFA, Estaleiro e Casa da Música. Objecto da tese de Mestrado: Tradição e Tecnologia no Teatro de Formas Animadas, de Marcelo Lafontana (Univ. de Évora, 2012).
Teatro de Formas Animadas
3€ (2€ estudantes, jovens até 25 anos, reformados e famílias)
Gratuito para desempregados.
Prometeu : Espectáculo
Fotos de J. Pedro Martins
De 11 de Maio a 17 de Junho
À prova de fogo e de bala
Exposição de foto-pinturas de Andrea Inocêncio
11h – 13h e 15h – 19h, de terça-feira a domingo.
Uma exposição sobre a possibilidade (marginal, residual, para alguns) da emancipação feminina, através da elaboração de uma constelação de heroínas.

O projeto da artista Andrea Inocêncio contou com a colaboração de mulheres e crianças através da criação e elaboração de foto-pinturas que, com base nas vivências femininas, dão vida às ‘super-heroínas’.
Inauguração, dia 11 de Maio
18h
Vernissage com a presença da autora Andrea Inocêncio


22h
Performance: 2 artistas, 2 mulheres, 2 tempos
Analía Beltrán i Janés apresenta ¿Quiero ser rubia?
Andrea Inocêncio apresenta Transcorporação
À prova de fogo e de bala
Dia 17
18:30h
Inauguração da exposição Os meus bonecos de Noémia Cruz
Exposição patente de 17 de Maio a 1 de Julho
Museu Nacional Arqueologia
Para Noémia Cruz, os bonecos de Estremoz são objecto de fascínio. Mas são também lugar essencial de um diálogo, ao longo do qual a artista reinventa os bonecos tradicionais através da sua estética pessoal, marcada pela problematização da sexualidade e pela inquirição em torno das questões de género, do corpo, da nudez. Exposição concebida a partir dos materiais produzidos no âmbito dos Festivais Escrita na Paisagem 2008 e 2011, Noémia Cruz desafia duas barristas locais, criadoras de bonecos de Estremoz segundo as práticas e estética tradicionais, a juntarem-se a ela nesta aventura simultaneamente fascinada e dessacralizadora.
Dias 18, 19 e 20
18h, 21:30h e 00h
Outros Cinemas Sexualidades #2
Marginalidades
Auditório Soror Mariana
Como representa o cinema hoje as sexualidades? E as homossexualidades? E as transexualidades? Como são as práticas transgressoras representadas no cinema? Que papel tem o documentário na disseminação de temas e na manutenção de tabus? Como encaramos hoje o pornográfico, o obsceno e o erótico?

O ciclo Outros Cinemas: Sexualidades prolonga-se até ao fim de 2012 e traz, a cada 2 meses, uma paragem nas sexualidades que o cinema representa, cruzando o cinema de ficção e o documentário, a vídeo-arte, a performance e a documentação são o material privilegiado, a par de debates, encontros e propostas de formação/sensibilização de públicos.

Muitas das grandes liberdades discursivas sobre sexo e sexualidades ocorridas durante o século XX encontraram no cinema um privilegiado meio de expressão. Quase sempre marginais, mesmo quando no coração da indústria da imagem em movimento, as representações da sexualidade trazem ao cinema questões tão marcantes como a política do corpo, os regimes de censura ou os sistemas de valores ideológicos, religiosos e estéticos. É a partir dessas questões que apresentamos as 7 sessões de mais um ciclo de cinema dedicado às Sexualidades, desta vez para falar de marginalidades.

Dia 18, sexta-feira
18h
Barbarella, a rainha da galáxia, Roger Vadim (1968)
21h 30*
Shortbus, John Cameron Mitchell (2006)
00h*
Curtas
.The sex life of a chair, Phil Mulloy (1998) 7’
.The history of the world, Phil Mulloy (1994) 6’
.Carne, Carlos Conceição (2010) 20’
.A history of mutual respect, Gabriel Abrantes (2010) 23’
.Submit to me now! Richard Kern (1987) 18’ 37
.The bitches, Richard Kern (1992) 9’
Dia 19, sábado
18h
Cheezy explotation (2006)
21h 30*
O êxtase dos anjos, Kôji Wakamatsu (1967)
00h*
Os anjos exterminadores, Jean-Claude Brisseau (2006)
Dia 20, domingo
18h
Dentro de garganta funda, Fenton Bailey e Randy Barbato (2005)
* Sessões com linguagens e imagens que podem ser consideradas chocantes (não aconselhável a menores de 16 anos)
Dia 22
22h
Cinema no Largo
Selecção de curtas do cinema mudo, acompanhadas de música ao vivo.
Com Dj set Miguel Fatinch Alegria
Largo de S. Vicente
Dia 23
22h Noites com Leituras # 5
Saberes marginais, marginalidades do(s) saber(es)
Venha ler connosco velhos manuais de saberes em (des)uso!
Ensaiamos a aproximação ao tema marginalidades através de uma visita ao passado. Começamos com um conjunto de textos formadores de saber — manuais, sermonários, gramáticas e dicionários, guias e prontuários. Com estes materiais — e os mais que o leitor queira trazer — propomos uma viagem ao mundo dos modos de saber e à sua transitoriedade histórica. Mas, se nos interrogamos sobre o lugar que estes saberes ocuparam no mundo passado, também queremos pensar o lugar provável dos saberes que hoje tomamos como certos no futuro, num exercício a que a filósofa francesa Isabelle Stengers chamou cosmopolítico. Há mais margens dos saberes do que as que a nossa vã filosofia está pronta a aceitar?
Dia 29
22h
Cinema no Largo
Selecção de curtas do cinema mudo, acompanhadas de música ao vivo.
Com Zé Peps (guitarra) e Tó Zé (guitarra e sintetizadores)
Largo de S. Vicente.

Colecção B, Associação Cultural
Estrutura Financiada por
Governo de Portugal
Secretário de Estado da Cultura
Direcção-Geral das Artes
Câmara Municipal de Évora
Apoio: Recicloteca
Parceria de divulgação: Semanário Registo
Tlf.: 266 704 236, Tlm.: 919 306 951
colb@escritanapaisagem.net
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