Senhora da Enxara
Ouguela, São João Batista (Campo Maior)
Festa: Domingo e Segunda-feira de Páscoa
No lugar de Ouguela, junto a um ribeiro, encontramos o santuário da Senhora da Enxara. Tem uma lenda de origem típica: a imagem da Senhora foi encontrada sobre uma pedra à beira rio por uma criança que ali brincava enquanto sua mãe lavava a roupa, e disse à criança que pedisse aos vizinhos para lhe construírem um templo nesse local. A capela, tal como se apresenta na actualidade, é obra do século XVIII.
A segunda-feira após o Domingo de Páscoa, dia principal da romaria, é feriado municipal em Campo Maior. A população do concelho reúne-se em peso no santuário, mas vêm também muitos moradores de povoações dos concelhos limítrofes de Arronches e Elvas, e alguns de paragens mais distantes – Monforte, Alandroal, Borba e Vila Viçosa. O número de forasteiros que visitam o santuário da Enxara neste dia tem andado ultimamente entre 5.000 e os 6.000.
A festa começa no Domingo, com torneio de tiro ao alvo, tourada à vara larga com gado cedido por um ganadeiro do concelho, leilão de fogaças e, à noite, baile ao som de um agrupamento musical contratado para o efeito. Neste dia, os actos religiosos resumem-se a uma missa por alma dos mordomos já falecidos e ao cumprimento de promessas por parte de alguns devotos. Na manhã de segunda-feira os romeiros afluem em maior número. Ao princípio da tarde o pároco de São João Batista, acompanhado por outro sacerdote, celebra missa solene. Em seguida sai a procissão, acompanhada por uma banda filarmónica, no fim da qual se efectua uma largada de pombos. O arraial continua durante a tarde com leiloes e sorteios de ofertas. Em ambas as noites, desde 1989, partidas de fogo de artificio.
A organização da romaria está a cargo de uma comissão de festas da freguesia, que vem utilizando o saldo dos festejos em obras de conservação da ermida e no arranjo da área do santuário.
ROMARIAS II - UM iNVENTÁRIO DOS SANTUÁRIOS DE PORTUGAL - PODE SER CONSULTADO NA DIRECÇÃO REGIONAL DE CULTURA DO ALENTEJO.
ResponderEliminarTEXTO DE João Vasconcelos